Uma série de atividades no dia 26 de agosto, em Brasília, marcaram as comemorações dos 10 anos da Recid – Rede de Educação Cidadã, no Campus da Universidade de Brasília (UNB).
Às 14h30, aconteceu uma roda de conversa sobre as recentes manifestações e as estratégias de transformação social com a professora Roberta Traspadini; Bruno Elias, da Secretaria Nacional da Juventude e o escritor e assessor de movimentos sociais, Frei Beto. Mais tarde, às 18 horas realizou-se um Ato de Celebração dos 10 anos da Recid. As comemorações encerraram com um coquetel, às 20h.
Saiba mais sobre a Recid:
A Rede de Educação Cidadã (Recid), hoje presente em 26 Estados da Federação e no Distrito Federal com os talheres estaduais, microrregionais e municipais, conta com o trabalho e adesão voluntária de mais de 500 educadores populares.
Ela se propõe a articular a luta de entidades da sociedade civil que investem no desenvolvimento da economia solidária, na geração de emprego e renda e na defesa de todos os direitos conquistados pela população.
Aspectos que norteiam o trabalho da Rede: Superação da fome, reforço da autoestima e conquista de uma política de segurança alimentar e nutricional a partir da organização popular e da inclusão do tema na agenda pública em todos os níveis; Construção de alternativas que ajudem as famílias a encontrarem as “portas de saída” aos programas de transferência de renda e capacitação dos/as cidadãos/ãs para o controle social dos gastos públicos.
Neste texto, os verbos estão no futuro, porque a atividade ainda estava por acontecer. Porém, hoje, já sabemos como foi este evento e guardamos a impressão forte que extrapola a simples vivência de um cerimonial. As pessoas que estavam participando, de um e outro lado da mesa, ou alternando estas posições em diferentes momentos, sentiam-se parte e carregavam esperança e energias, somadas neste coletivo.
Assim, um dos momentos marcantes, foi a hora de cantar o hino nacional. Deixamos de bancar os chamados “dois de paus” – é a associação que me ocorre agora-, e começamos a manifestar a vitalidade dos movimento sociais e , mais especificamente, dos educadores e educadoras da Rede de Educação Cidadã: Sem excessos, as pessoas passaram a se movimentar em moderada dança, sorrisos, movimentos de palmas e braços, se olharam e se admiravam de sua inciativa que não se sabe onde começou, talvez, há muito tempo residisse enclausurada no coração de cada brasileiro.
Não estamos diante dos nossos símbolos -hino, bandeira, ou qualquer autoridade, para simplesmente acatar normas e sermos silenciados. Queremos participar, estabelecer novos paradigmas. E escolhemos a Educação Popular, a construção de uma nova sociedade. Nela, o povo tem valor real ,simbólico, histórico, decide, participa, se manifesta. E o hino ecoa com muitas vozes, com sintonia e mais significado!