A Sala do Fórum Democrático da Assembleia Legislativa do RS sediou, nesta terça-feira, 20/05, a reunião sobre o Fórum Social Temático2016/FSM. O objetivo do encontro foi avaliar o Seminário “Metodologia e Organização para o Fórum Social Porto Alegre 15 anos”, que aconteceu dia 09 de maio, na Casa dos Conselhos de Porto Alegre, além de debater o nome e a logomarca do evento, bem como encaminhar as propostas e marcar algumas reuniões com entes públicos.
Foi consenso entre os organizadores realizar um Fórum Social Temático para fazer um balanço dos avanços, desafios e perspectivas das lutas e movimentos sociais após 15 anos de processo de Fórum Social Mundial no Brasil e no Mundo, de 25 a 29 de janeiro de 2016, em Porto Alegre.
Além disso, o Fórum vai reafirmar a contraposição ao Fórum Econômico Mundial de Davos e sua agenda neoliberal, concentradora de capital, excludente de ser humano e desenvolvimento e destruidora do meio ambiente. Também será um evento que vai ousar inovar na metodologia proporcionando maior visibilidade das lutas sociais, maior articulação entre os atores, incorporação de novos setores sociais, em especial da juventude, sistematização de experiências e difusão de propostas e alternativas para um outro mundo possível, urgente e necessário.
Integrar as dimensões da cultura, da política, da mística e da diversidade de forma a promover uma interação e integração das linguagens, saberes e sabores presentes na luta popular do Brasil, da América Latina e do Mundo será mais um dos seus propósitos. Outra questão que ficou definida entre os organizadores é a de que o Fórum se organizará como processo articulado com outras iniciativas nacionais e internacionais, em especial, o Fórum Social Temático pela Reforma Política, que será realizado em Julho em São Paulo, a reunião do Conselho Internacional, que acontecerá na Grécia ou no Brasil no segundo semestre de 2015 e o Fórum Social Mundial, que irá ocorrer em agosto de 2016 no Canadá.
Por conta de tudo isso, o Fórum será um espaço de resistência (denúncia das violações dos vários direitos humanos por parte do capitalismo), protagonismo popular (expressão individual de cada luta, de cada ator, de cada movimento), convergência de lutas (articulação de lutas e de lutados com agendas comuns no Brasil, na América Latina e no mundo) e de celebração da utopia (difusão das práticas alternativas desenvolvidas pelas organizações e movimentos sociais no seu fazer diário).
Foi aprovado também que, nessa fase preparatória, os organizadores devem incentivar o debate pela base através da elaboração de um roteiro de questões a serem debatidas previamente pelos movimentos sociais, organizações e redes de organizações sobre as mudanças da conjuntura, os erros e acertos da luta popular e o papel do FSM nestes últimos quinze anos.
Na construção do evento, a memória do processo FSM deverá ser incentivada, ou seja, as pessoas, suas organizações e movimentos devem buscar os materiais históricos que foram trazidos ou produzidos nos processos de organização e realização das edições do FSM para que se constitua uma memória viva deste processo que já dura 15 anos.
Além de tudo isso, os envolvidos na produção do evento devem estimular a produção de expressões variadas sobre o FSM como, por exemplo, elaboração de textos, poesias, músicas, esquetes, peças teatrais, quadros, charges e toda e qualquer expressão popular sobre os temas e as experiências vividas nos processos do FSM.
A próxima reunião debaterá questões que envolvem a programação do evento e acontecerá no dia 27 de maio, às 17h, na sala do Fórum Democrático da Assembleia Legislativa do RS.
Fonte: Assessoria de Comunicação do CAMP
