O Seminário “Metodologia e Organização para o Fórum Social Porto Alegre 15 anos” aconteceu no dia 09 de maio, na Casa dos Conselhos de Porto Alegre (Av. João Pessoa, 1110).
Para pensar e debater sua metodologia, foram convidados o Membro do Comitê de Organização do Fórum Social Mundial, hoje seu Secretário Internacional, como representante da Comissão Brasileira Justiça e Paz, Chico Whitaker, o Membro do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial e representante da Abong Salvador, Damien Hazard, Dirigente da Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop e integrante do Fórum Permanente do Hip Hop Gaúcho, Malu Viana, Representante do Ibase, a antropóloga Moema Miranda. O Seminário teve a coordenação do Diretor do CAMP, Mauri Cruz.
Whitaker acredita que “o grande desafio que o Fórum enfrenta hoje é o de continuar a cumprir o seu papel de espaço aberto, a serviço da luta da sociedade para que prevaleça, em toda parte, a justiça social, a solidariedade e a paz. Nessa perspectiva, é fundamental que – diante de uma dominação planetária que vem empurrando o mundo para uma espiral de violência – a proposta do Fórum se espalhe e se enraíze em todos os lugares da Terra, com a urgência exigida pelos riscos que a humanidade corre.”
Damien Hazard destacou os desafios atuais para a construção do Fórum Social Porto Alegre 2015. Entre eles, estão a necessidade de uma maior visibilidade, mais convergência entre os movimentos, posicionamento e incidência políticos mais radical por parte dos envolvidos no processo do Fórum. Além disso, ele cobrou uma maior horizontalidade nos processos de construção e criatividade para tal ação, bem como uma maior articulação e inserção nas mídias alternativas para ampliar a sua divulgação. Finalizando, disse que o Fórum perdeu a simbologia e a visibilidade que tinha há 15 anos.
Malu Viana afirmou que é preciso rever as bandeiras de luta do FSM, assim como suas representações com a finalidade de termos pessoas realmente comprometidas com o nosso principal objetivo, que é a construção de um novo mundo, com mais justiça social e igualdades.
Moema Miranda falou que se deve pensar profundamente, de forma coletiva, em como superar os desafios colocados, considerando a fragilidade pela qual passam os movimentos atualmente, para combater as consequências do sistema capitalista que gera cada vez mais desigualdades ao redor do mundo.
Mauri Cruz, coordenador do Fórum, disse que o maior desafio é fazer com que as pessoas participem das mesmas atividades e não se descentralizem no processo de construção e na realização do Fórum. “Devemos nos preocupar, também, com as pessoas que representam os movimentos que devem ter capacidade de síntese e que tenham domínio sobre o tema que está abordando e/ou movimento que esteja representando”, afirmou.
Após as colocações, os participantes se dividiram em grupos para debater sobre o que foi exposto pelos convidados. Na apresentação dos relatos dos grupos, foi colocado que é preciso tentar inserir a juventude nesse processo, retomando o acampamento de juventude com estudantes, além de terem sido sugeridas as temáticas do Fórum como sendo a democracia, equidade, igualdade e liberdade e suas perspectivas.
Ao final, Mauri retomou as convergências destacando que o Fórum será em Porto Alegre, mas que pode ter algumas atividades descentralizadas. A data será de 25 a 29 de janeiro de 2016 e abordará a memória dos outros Fóruns, fazendo também um balanço, debatendo os desafios e as pensando as suas perspectivas.
A próxima reunião ficou marcada para o dia 20/05, às 18h, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
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Fonte: Assessoria de Comunicação do CAMP