Feira Pretas Organizadas acontece de 7 a 9 de outubro em Porto Alegre

Das 8h30 às 17h30, mulheres negras empreendedoras vão expor produtos e saberes na Praça XV de Novembro

06.out.2025 às 18h01 Porto Alegre (RS) Redação do BdF RS

Inicia nesta terça-feira (7) a Feira Pretas Organizadas Pretas Empoderadas, na Praça XV de Novembro, no Centro Histórico de Porto Alegre. O evento, que ocorre até quinta-feira (9), reúne mais de 20 empreendimentos ligados ao Fórum Estadual de Economia Popular e Solidária do Rio Grande do Sul (Fespope) e aos projetos desenvolvidos pelo Centro de Assessoria Multiprofissional (Camp)

Realizada das 8h30 às 17h30, a feira vai oferecer ao público uma variedade de produtos a preço justo, fortalecendo o trabalho de mulheres negras empreendedoras e promovendo o bem viver, a geração de renda e o exercício da cidadania. O espaço, montado próximo ao Chalé da Praça XV, também busca valorizar a cultura afro-brasileira e estimular a economia popular como caminho de transformação social.

A atividade integra o projeto “Economia Popular Solidária com Mulheres Negras: Empoderamento e Bem Comum”, desenvolvido pelo Camp em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Secretaria Nacional de Economia Popular e Solidária (Senaes). A iniciativa é fruto de emendas parlamentares das deputadas federais Reginete Bispo, Maria do Rosário e Alexandre Lindenmeyer, do PT, que têm atuado no fortalecimento de políticas públicas voltadas à inclusão produtiva e ao combate às desigualdades raciais e de gênero.

Economia solidária

Um dos princípios da Economia Popular Solidária (EPS) é o comércio justo e solidário. “Uma prática de comercialização voltada para os valores de justiça social e solidariedade. Nesta prática os coletivos precificam seus produtos a partir do valor da matéria prima e do trabalho, visando obter a sustentabilidade dos grupos”, como consta na Cartilha Ubuntu: A Economia Solidária dos Povos.

Sobre o Camp

O Camp promove espaços de comercialização autogestionários que visam a emancipação política e financeira dos grupos e pessoas que fazem a EPS, construindo, assim, uma sociedade do “bem viver”.

O “bem viver” é um conceito e uma prática que vem se “transformando em um projeto de sociedade, já vivenciados por muitos grupos da economia solidária, que produzem, fazem a gestão e comercializam de forma justa, sustentável, distributiva, autogerida e, desta forma, emancipatória, ou seja, as pessoas envolvidas ‘bem vivem’ e buscam construir um mundo sem as opressões, as explorações, as violências do atual sistema predominante, o capitalismo que explora o/a trabalhador/a para ampliar o lucro de poucos”, como consta na Cartilha Economia Popular Solidária: Resistência, Formação e Bem Viver.

Editado por: Marcelo Ferreira, BdF RS

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