Ciclo de debates: A Economia Solidária na Atual Conjuntura a Partir das Finanças Solidárias

Atualmente, o Brasil vive um retrocesso nas políticas públicas conquistadas nos últimos 12 anos, provenientes de lutas históricas. O desmantelamento do Estado, com o fim ou a fusão de Ministérios estratégicos no combate a pobreza e as desigualdades, como o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), Ministério da Cultura (MINC), Direitos Humanos, Mulheres, Igualdade Racial e Controladoria Geral da União (CGU). Ainda está acorrendo o fim ou redução de programas sociais e de geração de renda, como, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Minha Casa Minha Vida, Programa Bolsa Família e outros tantos multiplicados por projetos de Lei que tramitam nas casas legislativas do Brasil, a fim de retirar direitos e conquistas dos povos e comunidades tradicionais, da população negra, dos indígenas, das mulheres, LGBT’s e dos trabalhadores do campo e da cidade.

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A economia solidária, que se constitui numa opção, um modo de vida em que o trabalhador/a é dono/a de seu trabalho e de todo o processo produtivo, está vivenciando limites na concretização de suas políticas publicas, construídas coletivamente com ausência de uma definição a cerca da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES) em que lideranças históricas foram sendo substituídas por pessoas que não tem nenhuma caminhada nesta discussão e práticas. As finanças solidárias, uma importante ferramenta da economia solidária, estagnou na construção de seu sistema nacional, rompendo com seus processos e causando incertezas com relação a continuidade de políticas públicas para seus instrumentos, que são as Cooperativas de Crédito Solidário, Bancos Comunitários de Desenvolvimento e Fundos Solidários.

Diante de tantas incertezas conjunturais, há afirmação da importância da Economia Solidária e das Finanças Solidárias, como processo emancipatório, de modo a garantir autonomia, resistindo e avançando na construção do empoderamento das comunidades e povos tradicionais.

Deste modo, o Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (FONSANPOTMA) que vem promovendo e constituindo mecanismos de economia e finanças solidárias para os Povos Tradicionais, a primeira Cooperativa Estadual de desenvolvimento Rural e Trabalho dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (COOPTMA-RS) o Fundo Solidário UBUNTU, a Moeda Social GRÃO DIGITAL e o BANCO COMUNITARIO DE DESENVOLVIMENTO DOS POVOS, está organizando, em conjunto com o Núcleo de Estudos em Gestão Alternativa (NEGA/UFRGS) e o Centro de Assessoria Multiprofissional (CAMP), o Ciclo de Debates: a Economia Solidária na Atual Conjuntura a partir das Finanças Solidárias. Será realizado no dia 24 de junho de 2016, as 18hras, no auditório da Faculdade de Educação (FACED/UFRGS), situada na Rua Paulo Gama, 110 – Porto Alegre/RS. Contará com a presença de Iyá Vera Soares (Coordenadora Executiva do FONSANPOTMA RS), Profª Dra. Ana Mercedes (Coordenadora do NEGA), Joaquim Melo (Instituto Palmas/Ceará), Deputada Federal Maria do Rosário (Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Tradicionais de Matriz Africana), Márcia Falcão (CAMP),Deputado Estadual Zé Nunes (Frente Parlamentar da Economia Solidária) e Alexandre Duarte (Prefeito de Rio Grande).

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