Lançamento do livro Arte que Inventa Afetos

Arte que Inventa Afetos é uma escrita-livro que propõe dar atenção aos processos inventivos e ao que pode a arte como resistência. Resistir, neste caso, é entendido como ato de criar mais perguntas que respostas, provocar encontros no entre das linhas que insistem em separar a cidade e a universidade, mobilizando afetos potentes, inventando outros mundos e afirmando a estética, a ética e a política da diferença. A escrita-livro reúne pesquisadores nas áreas de artes – em especial cinema e audiovisual, dança, artes visuais e teatro –, filosofia, comunicação, psicologia social, antropologia, urbanismo, educação, letras, história, sociologia, mídias digitais, relações internacionais e de políticas públicas. Estabelece-se, portanto, um encontro entre diferentes processos de criação e produção de conhecimento. É um encontro entre pesquisadores, artistas e não artistas, que vivem em diferentes cidades do Brasil, atuando em Universidades, ONG’s, Associação de Moradores e Coletivos autônomos. Aqui se encontra um exercício de escrita que deseja atravessar fronteiras – geográficas e institucionais – e, em especial, apontar caminhos transdisciplinares.

O Livro será lançado dia 12 de abril, às 16h no Centro Cultural Banco do Nordeste – Rua Conde D’Eu, 560, em Fortaleza. Evento no Face.

Segundo Deisemer Gorczevski, organizadora do livro: “A apresentação desta escrita-livro tem como título Um convite aos afetos pensando em todos os que resistem e insistem em viver e conviver produzindo alegria e crescimento nos pequenos e delicados gestos cotidianos. Nesse sentido, queremos enfatizar as contribuições de todos os jovens que participaram da pesquisa no Titanzinho, em Fortaleza, e no Arquipélago, em Porto Alegre.” O Livro está vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará.

Um dos artigos do livro é LENTE JOVEM E O PONTO DE VISTA DOS ILHÉUS EM PORTO ALEGRE, escrito por Deisimer Gorczevski, Jéssica Barbosa dos Santos e Daniela Oliveira Tolfo, que trata da experiência desenvolvida pelo CAMP com jovens do bairro Arquipélago em Porto Alegre dentro do Projeto lente Jovem, executado com financiamento da Petrobrás entre 2010 e 2011. O projeto capacitou em torno de 60 jovens sobre as técnicas de captação de imagens, edição, roteiro, história das artes visuais, a partir das abordagens da Educação Popular. Os vídeos produzidos retrataram as vivências dos jovens em suas comunidades e das questões próprias da juventude. As oficinas, além disso, tinham como temas transversais direitos humanos, cidadania, gênero, violência entre outros.

O Livro pode ser acessado na íntegra aqui.

Mais informações sobre a Pesquisa, aqui.

livro lente

Um dos vídeos produzidos pelos jovens do Projeto lente Jovem fez um contraponto em relação ao Ilha Das Flores, de Jorge Furtado, de 1989 e filmado em uma das Ilhas que compõem o Arquipélago, chamada Ilha Grande dos Marinheiros. Os jovens entrevistaram pessoas que atuaram no documentário/filme e que até hoje vivem na comunidade. Além disso, abordaram as consequências para os moradores que se sentiram ainda mais discriminados por morarem em um lugar no qual as pessoas dividem comida com os porcos, segundo o filme.

Os Vídeos do lente Jovem podem ser acessados aqui.

Ilha das Flores de Jorge Furtado:

 

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